2 de mai. de 2018

Espuma


Gozo que explode em fugaz tempestade
Graça que nós buscamos em pecado
Greta que evoca um mar de bestidade
Germinando na encosta o nosso fado

É como corpo que vibra sob a onda
Ecoa o gotejar desta estalactite
Entre a corrente em que a cascata estronda
E a margem que circunda o apetite

Mostro o que em minha língua já se conta
"Mesmo o que de orvalho faz-se dilúvio
Move a chama que explode no Vesúvio"

E escolho a linha em que mudo se afronta
Este oceano em que me torno ofegante
É um raso fundo onde se é navegante




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