“Arranque o útero da sua mãe!”
“Arranque o útero da sua mãe!”
O pequenino, sem nome e sem sexo, acordou.
Sentiu demônios cochichando e cantarolando pelos cantos do cômodo.
Mal conseguia levantar de seu leito.
O piso se mostrava muito mais cruel do que se fosse feito de pedras derretidas.
Trêmulo, mal conseguia colocar um pé na frente do outro.
“Vá! Arranque o útero da sua mãe!”
Os azulejos começaram a despencar; um fundo de carne pulsante se mostrava.
O frio sangue que marcava o chão, fez seus pelos se levantarem.
Sua mãe descansava no eterno. Seu ventre estava aberto como uma flor.
Pétalas de pele, músculos e vísceras, exalavam um odor nauseante.
“Isto é culpa sua!” Disse o pai.
Antes que alguma lágrima pudesse sair de um de seus olhos, o pequenino acordou.
Olhou para todos os cantos. Ainda assustado, voltou a se deitar.
E então, ouviu: “Arranque o útero da sua mãe!”
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